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1) O Parmera:
Em 1947, era dado como certo o primeiro tricampeonato da triste história leonoresca. Seria o terceiro título paulista em três anos, mas o Verdão entrou em campo para rasgar as vestes da meretriz, aplicando-lhe um 4 x 3 e desmanchando seus sonhos.
Campeã paulista de 48 e 49, Madame chegava ao ano santo de 1950 novamente embalada e favorita ao título; mas teria de enfrentar e bater os Homens de Verde para conquistar a glória inédita do tricampeonato, e aí não deu… Em uma partida no Pacaembu que entrou para a História como “o Jogo da Lama” (devido à emoção da peleja e à forte chuva que esmerdeou o gramado, não graças a mais uma falcatrua do emo-clube), o Alviverde conquistaria seu segundo título do ano (conquistaria mais três, fechando as Cinco Coroas do ano santo).
Já na década de 70, Madame fez tudo direitinho: tinha um ditador de presidente, árbitros que eram coniventes com o poder público, por bem ou por mal, e ainda conseguiu transferir todos seus jogos importantes para o Privadão, que fica ali na chácara da esposa de Adhemar de Barros. E assim sagrou-se bicampeã paulista, nos anos de 70 e 71. E, em 1972, o clube bem-amado fazia uma campanha impecável, e chegou ao final do certame invicto: agora vinha o tri?
Bom, acontece que participava daquela disputa uma certa Academia, que estava tinindo, e que havia anotado uma campanha ainda mais irretocável. Na hora do “vamo vê”, sobraram os dois, invictos, e os Homens de Verde jogavam pelo empate. E foi com um clássico 0 x 0 que o Palestra novamente frearia os anseios da grande cortesã, sagrando-se campeão paulista.
Pulamos para a década de 90 quando, sob a liderança de um bonequinho de marquetíngue que vendia Danete, Madame obteve êxito em 91 e 92, abocanhando mais um bi Paulista. 1993 chegava com a promessa de levar para o Jd. Leonor a primeira honra de um tricampeonato. Nesse ano, porém, as meninas sucumbiriam diante do nosso rival nas semi-finais. Mas, por um capricho histórico, no ano onde novamente o tri não viria, o Palmeiras se sagraria campeão.
Quatro vezes. No cu dela.
Aí vieram as obsessões que a nossa geração já conhece: Madame bate o pé e afirma ser tricampeã mundial, mesmo a Fifa desautorizando, mesmo que ela compute nessa soma dois jogos na neve do Japão, às 9:00 da manhã, contra times mistos da Europa em pré-temporada. Em um deles, ganhou contra o Milan, que nem campeão europeu havia sido – estava lá somente para tapar o buraco do Olympique, pois o time francês acabara de ser banido de competições internacionais justamente por se comportar nos bastidores de uma maneira à la SPFW.
Ganharam, sim, três Leonores de América. Mas não foi na sequência e foi daquele jeitinho que já nos cansamos de mostrar, eliminando à fórceps seus concorrentes indesejáveis, como o Palestra, mais recentemente, por exemplo. Um torneio que nunca mereceu destaque algum na grande mídia, até que o mais querido conquistasse o primeiro triunfo.
Porque aqui, entre os nossos, onde o futebol é escrito com F maiúsculo e onde todos desprezam essa corja imunda, não conseguiram nenhum tri, não: sempre apareceu o Palestra Itália para restabelecer a ordem das coisas, sempre que foi necessário.
Por isso fiquei feliz domingo à noite, quando olhei a tabela. Agora sei que seremos campeões.
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2) A Putana:
*Se você passou hoje pelo blogue no Palhaço Juquinha, já deve ter visto essa: o chupa-ovo deixou um post maldoso ali, tirando sarro da condição etílica de Rubens Barrichello na festa que sucedeu aquela veadagem de F1. Sim, o P.J., o mesmo garoto de recados que teve de ligar para o resgate e precaver os paramédicos para que comparecessem com litros de glicose à sede da ESPN, após entrevista com J.J. Scotch Whiskey. Mas, sobre isso, você não vai ler uma linha lá.
*Palavras de José Roberto Wright, que, não por acaso, faz um biquinho nas páginas do Boletim de Madame: “Não acho que haja dolo ou complô por parte da Comissão Nacional de Arbitragem ou dos mesmos. A maior besteira que escuto seguidamente é que os apitadores querem ajudar os clubes de São Paulo. Quanta bobagem!“
Também acho, Wright. Afinal, o único time de sampa na disputa é o Verdão, que tem sido seguidamente prejudicado. Santos e Lusa estão se afogando, o rivale nem está entre nós e aquele time genérico (por todo canto do mundo há um time de elite, que joga sujo e que todos rejeitam) poderia ter surgido em qualquer lugar onde as liberdades individuais de um povo fossem suprimidas.
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3) O cabeçudinho:
É tanta falta de cultura que nem sei se vale a pena responder a esse parasita sem talento. Diria que o comentário da leitora Mi é mais que suficiente para reduzir à insignificância o caráter do filho do camelô midiático. Mas vou deixar aqui pequenas considerações; assim, da próxima vez que ele for tentar ser mal-educado com um torcedor que lhe apresenta argumentos, pelo menos não vai passar o vexame de se mostrar um ignorante que só está onde está porque o papai tem dinheiro.
* Em primeiro lugar, se fosse realmente preciso, pegaríamos em armas, sim. Nossos antepassados fizeram isso para defender os constitucionalistas de 32, pelo simples fato de que queriam ser vistos como brasileiros, queriam ser aceitos pelo próprio povo… Entre outras coisas, não queriam ver um verme sem cultura e sem história como você vir vomitar esse tipo de merda 80 anos depois.
* Outra coisa, orlandinho: a Academia foi prejudicada, e muito. O time da ditadura militar, aquele para o qual papai te ensinou a torcer porque “é uma grande moleza”, garfou o título de 71 quando o sr. Armando Marques anulou gol legítimo de Leivinha, com medo do governador biônico que estava sentado no banco de reservas e era presidente da Boutique. Nem isso você sabe, marginal…
Vai estudar, vagabundo!
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